Conheci a psicologia – enquanto paciente – por me sentir deslocada na escola, sofri muito bullyng. Então, desde sempre me conectei bem com meus psicoterapeutas, a maioria fenomenólogos.
Compreendo a psicologia como uma ciência cheia de camadas. Nunca exaltei ou diminui – mesmo antes de ser psicóloga – as abordagens em geral, e circulei por algumas boas inclusive as cognitivas.
Passei por estas linhas e ficou evidente no meu caso que não queria apenas me aliviar e adequar por meio de um manejo condutivista e adaptativo. Sempre desejei – e colho isto há algum tempo no meu processo psicoterápico – ser aceita.
Talvez você defenda que não tive sorte com outros psicólogos além dos fenomenólogos, todavia não queria arriscar e fazer vários "test drives". O bullyng era pela voz; não ia me calar, queria escuta.
Há algum tempo me escutam, porque em cenários "adaptativos" – no meu caso – de correção só foi multiplicado a raíz das minhas demandas. Lembrando que cada caso é um caso...
Já em espaços de inclusão e confirmação pude elaborá-las e deixá-las ir ou ressignificá-las. A idéia é fazer uma provocação, cônscia que sozinha sou uma minúscula amostra, um pequeno exemplo.
Psicologia baseada em evidências? Não há sustentação empírica que comprove a eficácia em um tratamento feito com psicoterapias existencias ou com a psicanálise?
Um adendo: no meu ver (e fui publicitária) – em saúde mental – o melhor Marketing nem de longe é o agressivo e sim o assertivo. Dito isto, tem quem opte por um marketing mais popular (massivo).
Trabalhar por um paciente estável e funcional é uma prática importante em todas as abordagens e áreas, contudo isto nem sempre acessa a inadequação dele consigo próprio.
E se uma linha não dá certo a determinados pacientes não quer dizer, necessariamente, que eles são retroativos ou descompromissados. Há sintomas comuns e há os próprios do sujeito.
Interessante, nos múltiplos contextos, pensar a realidade social. Tem pessoas em sofrimento psíquico pelo excesso de trabalho e outras pelo desalento dada a ausência de oportunidades.
Uma professora certa feita disse "Nem tanto ao mar, nem tanto a terra" – caso encontrou-se numa abordagem não precisa depreciar a outra.
A psicologia pede paciência para sanar os conflitos dos seus usuários com ciência. Quem a procura quer se sentir seguro quanto a isto, para encontrar um espaço de segurança psicológica em um ambiente cujo vínculo seja cada vez mais saudável, menos mecânico e ainda mais potente – genuíno.