Setembro veio com muitas mensagens – repletas de boas intenções – sobre o propósito, o sentido e o valor da vida. Li e assisti muitas delas ao longo do mês e gostei da maioria. Achei interessante.
No entanto, sempre que leio um post lembro das aulas no curso de publicidade: "a mensagem precisa ser clara, pois a ambiguidade pode ser contraproducente'.
Então, quero compartilhar algumas coisas para desmistificar outras: a primeira é que o sofrimento psíquico é posto para todos em maior ou menor escala – ninguém está imune e nem todos vai vivê-lo ou até reconhecê-lo.
Depois é preciso lembrar que questões de natureza social atravessam sim a vida emocional. Uma pessoa vivendo a escassez de alimentos, por exemplo: sofre e sente muito com isto;
Por último a busca por ajuda é um indício positivo mesmo quando este recurso – em certos casos – vem pelo incentivo de entes queridos.
Houve um tempo em que falar sobre saúde mental era um tabu. Haviam muitas críticas sem contar o carrossel de dúvidas e desconfianças.
O que mudou?
A democratização do atendimento; a tomada de consciência por parte das comunidades; o trabalho humanizado que pode ser multidisciplinar no bojo dessa assistência – prezando o bem estar e a qualidade de vida do paciente.
Mudou que hoje é possível mergulhar no autoconhecimento como também seguir os caminhos mais viáveis a serem desbravados com amorosidade, paciência e sem constrangimentos.
Caso sinta um desconforto dilacerante e se encontre sem perspectiva parece um cliché, mas: você não precisa passar por isto sozinho. Sua vida importa!
Procure ajuda.
Afetuosamente
Márcia Filha